sábado, 28 de abril de 2012

pLANETA mERDA

Ai, meu amigo, quem disse que a vida seria fácil? Sério, não somos nós que a dificultamos, ela realmente te faz de gato e sapato, te mastiga e te cospe, te fura e te come. Tenho pensado tanto na vida nesses últimos dias. Parece até que eu nunca tinha pensado nela antes. Pensado no que importa, pelo que eu já chorei, por quantos motivos bestas eu me despedacei. Vida não é dinheiro, meu caro. Os mil reais que fazem falta no fim do mês, a dívida que te deixa louco dias a fio, a conta de luz atrasada, tudo isso é balela. Vida não é conforto. Moral ou físico. Vida não é minha vida. Conviva com o egoísmo dos outros ou com a desgraça dos seus e verá. Meu sentimento, hoje, não tem razão, não tem começo, meio, nem fim. Meus dias também são assim. Minhas horas não cabem em mim. Os minutos? Esses se apoderaram da esperança, da calma, da dor, dos raios de sol que não mais saíram em meio ao tempo nublado. Me vejo muito em Cathy, me sento no grande C. E nem sou eu que vou enfrentar a pior parte do sofrimento. Quem realmente me conhece sabe do meu lado forte para o drama. Quem realmente me conhece não sabe o que eu passo. Não me julguem sob os olhos do politicamente correto ou incorreto. Eu realmente precisava soltar essas palavras. Se eu estou crescendo, se as pessoas estão se amando mais, se os amigos estão me espiando de longe e orando por mais, eu não sei. O preço pode ser alto demais. Rezo pela força, rezo pela minha mãe, pelo meu pai, pela explosão do mundo, que anuncia um fim comum a tudo e a todos. Que esse meu egoísmo seja semente de um novo planeta Merda.